Reeleição: que lição fica para os jovens?
Folha de Londrina, Espaço Aberto - 15/10/2006

A sociedade sabe que o governo Lula, desde o início, foi marcado por atos imorais, abusos de poder e falcatruas. Se o PT continuar na presidência, os adolescentes concluirão que, para vencer, não é preciso ser honesto, não é preciso pautar-se pela moral, nem mesmo preservar a dignidade e a retidão. Aprenderão, sobretudo, que a imoralidade reina em nosso país, sem punição, sendo, até mesmo, vangloriada.

A educação de nossos jovens se faz, em grande parte, pelos modelos que recebem dos adultos. Em épocas anteriores, a influência da família costumava ser muito forte na determinação da personalidade de seus filhos; hoje, a influência dos padrões de comportamento de todo o meio social tem aumentado, sobremaneira. Assim sendo, mesmo os filhos das famílias que se empenham por uma formação baseada em valores morais positivos estarão sendo, continuamente, expostos aos modelos negativos deste tipo de governo que hoje impera, caso a reeleição se concretize.

Outra questão refere-se ao modelo negativo de trabalhador que o atual presidente fornece aos jovens. Um exemplo disso é a sua preocupação com as viagens, muito mais do que com o estar presente, tratando, diretamente, das questões de seu país. Some-se a isto, a irresponsabilidade ao comprar, logo no início de seu mandato, o “Aero-Lula”, cujo valor possibilitaria construir milhares de casas populares. Perguntar-se-iam nossos jovens: É assim que se trabalha? É assim que se administra, principalmente quando se tem grandes dívidas a serem saldadas e, acima de tudo, quando tantos passam por inúmeras dificuldades e necessidades?

Uma última e não menos importante questão refere-se à participação da primeira dama, que tem se mostrado um péssimo modelo de mulher para as jovens brasileiras. Dá-nos a impressão de ser um mero manequim que segue -- não ao lado, nem como uma grande mulher -- atrás do presidente. Como que numa volta há várias décadas, ela é o perfeito modelo de mulher omissa, sem participação social; apenas figurante.

Temos que vislumbrar as implicações que podem advir da reeleição de pessoas que se mostram imorais e irresponsáveis no exercício da liderança nacional. Se contribuirmos para a vitória de Lula, seremos co-responsáveis pela continuidade da “grande aula” sobre a imoralidade. Se vencer a outra linha de governo, não presenciaremos mais isto? Não podemos assegurar. Uma coisa, porém, podemos assegurar, agora: Os jovens verão que não aprovamos a imoralidade e que estamos sempre firmes e dispostos a exercer nosso direito de cidadãos: protestar e mudar a direção.


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